quinta-feira, 20 de outubro de 2016

São Paulo, 20 de Outubro de 2016


  São Paulo, 20 de Outubro de 2016

   Nunca, talvez seja uma contagem de tempo muito grande, para eu poder admitir que me apaixonei por você. E com todas as forças que tive para impedir isso de acontecer, ou com todas as respostas negativas que dei a mim mesmo, que algo dentro de mim poderia estar mudando, em algum ponto, eu perdi o caminho de casa e agora não sei voltar se não for com você.

   Uma vez aprendi que amar alguém, é como dar uma arma carregada nas mãos de uma pessoa e rezar para que ela não aperte o gatinho. E a vida me ensinou que muitas vezes é assim mesmo, mas que na maioria dessas vezes, o tiro realmente sai, tanto pela tangente quanto pela culatra. Realmente, amar é viver sobre arma carregada.

    E como dizer isso, sem dizer que te amo?
    Como acordar meus dias e evitar que você seja o primeiro pensamento de cada dia?
    Como imaginar uma vida, fazer planos, seguir um caminho, sem a necessidade de você aqui ao meu lado?

   E assim é viver como o seu fantasma, que dia após dia assombra dentro de mim, os quartos mais escuros da minha alma. A luz e as trevas dividindo o mesmo cômodo fechado que eu chamo de coração. Aquela que parece a infinita busca de algo para se encontrar.

   É como se eu estivesse a ponto de quebrar, como se a fé e a esperança fosse apenas uma. Como se eu tivesse te encontrado no mundo certo, mas no universo errado. Como se todas as galáxias que existem dentro de mim explodissem e o que era escuro tornasse eterna contraversão. É como se por um segundo eu pudesse soletrar letra por letra, e nesse espaço de tempo fazer explodir dentro de você tudo o que eu sempre quis dizer.


   Apenas não me despedace quando eu disser que a única que eu mais desejo é você...

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