São Paulo, 03 de Agosto de 2017
Como falar sobre ela? Talvez falar sobre o castanho dos olhos dela que me lembram a tonalidade do outono, ou eu poderia falar sobre seu sorriso. Lembrar talvez das vezes que ela se encaixou no meu peito, ou quando dormiu sobre meu colo. E das vezes que nos encontramos apenas para ver um filme bobo, e cozinhar qualquer bobagem para almoçar.
Lembrar de como ela me explicava sobre os acontecimentos do seu livro favorito, e apesar de eu ficar uns dez minutos confusos, eu prestava atenção a cada palavra dela, apenas para entrar um pouco mais dentro do seu universo, de desvenda-la um pouco, compreende-la mais uma vez.
As vezes quando somos porto seguro de um pessoa por tanto tempo, ela também se torna o nosso. Não existe um jeito certo de contar determinadas coisas, e não podemos escolher de quem gostar, ou por quem se interessar. A vida tem dessas coisas, no fundo tudo parece um grande labirinto e não sabemos para onde caminhar, para onde seguir, ou o que fazer.
Uma pausa, eu respiro mais fundo, ela voltou a minha cabeça, por apenas um instante, já devolvi ela para o fundo do meu coração.
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