domingo, 20 de dezembro de 2015
São Paulo, 20 de Dezembro de 2015
São Paulo, 20 de Dezembro de 2015
O dia correu, não somente como um dia de 24 horas, digo o dia do seu coração, o despertar que quase ninguém ouviu e o calar da noite que se seguiu. Você reparou nos carros que cruzaram seu caminho nesse dia? Talvez não tenha reparado, mas de alguma forma, se passaram tantos carros, quanto passaram pensamentos em sua cabeça.
Esse é meu problema, viver da rotina, buscando cada dia mais aquela dose independente de tudo o que um dia eu já senti. Experimentar em pequenas doses de emoção, aquela que pode calar dentro de mim a abstinência que existe pela sua falta aqui. Você sabe como é viver entorpecido, mas não como eu vivo. Nem imagina como é viver todos os dias, debaixo dessa pele, com essa carne e esses nervos dependentes da sua presença.
Pequenas doses de alegria, eu estava ali, olhando as luzes da cidade, o movimento de cada carro, de todas as pessoas que seguiam suas vidas, não sei para onde iam, nem de onde chegavam. Mas eu estava ali, e sorri, com as luzes que de alguma forma me cercavam. Artificiais, as pessoas ou as luzes? Talvez seja apenas eu. Mas eu estava ali, e ali eu sorri, imaginando o que poderíamos estar fazendo naquele momento.
Talvez essa seja a melhor forma de dar a volta por cima, andar pela ponte e olhar tudo o que ficou para trás. Somos fascinantes, capazes de esconder entre sorrisos, lágrimas que correm em nossos corações. Eu estiquei minha mão, como se pudesse agarrar aquele sonho que pairava diante de mim. Você pode me ouvir agora? Obrigado por me fazer enxergar com dois olhares, o olhar real da vida e o fantástico olhar da poesia.
#DiárioDaCidadeCinza
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Misto.... <3
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