sábado, 26 de dezembro de 2015
São Paulo, 26 de Dezembro de 2015
São Paulo, 26 de Dezembro de 2015
Olhei para o celular, outra mensagem sua, aquela nova foto que você curtiu. E eu na dúvida se retribuía ou não. As vezes guardar certos sentimentos é tão estranho. De alguma forma acreditar que você pensa tão bem de mim, quando eu mesmo não em penso assim. Não que eu queira te mostrar algo demais, mas não sei se me faria bem mostrar quem eu sou.
Aquele dia você veio para tão perto, mas eu estava bem distante, e ficou por tanto tempo e eu nem soube, só depois de tantas fotos pude notar que esteve aqui e eu nem pude te olhar nos olhos, e enxergar o que você realmente pensa de mim. Como a gente faz isso as vezes não? Você aqui e eu ali, e quando você foi embora eu estive aqui e já não havia nada ali.
Dentro do silêncio, em um local que eu não pude te visitar, e eu perdido, sem saber se continuava indo de lugar em lugar. O que eu posso fazer para compensar tudo isso? Sabe quando tudo o que podemos viver é na calma ou na dor? É dessa forma que eu te enxergo, alguém que de alguma forma vive silenciosamente, tentando evitar toda a dor.
E quando vai bater a minha porta? Quando poderei te sorrir gentilmente de novo? Você me deve tantas coisas e eu te prometi outras. Talvez eu não saiba mesmo quando poderei te pagar. Mas o copo está vazio, o que posso te oferecer além do meu vazio interno?
As ruas são cinzas, como o concreto que as cercam. Não existem poesias escritas para pessoas que escrevem elas. Quando o poeta foi merecedor de ser lembrado em alguma obra de outro autor? Somos ciclos infinitos dentro da finitude. Só posso te dar tudo, quando souber que você é de verdade meu outro mundo.
#DiárioDaCidadeCinza
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário