quarta-feira, 13 de abril de 2016

São Paulo, 12 de Abril de 2016


  São Paulo, 12 de Abril de 2016

   Uma vez eu me apaixonei por uma menina, mas eu era muito novo para saber o que realmente era amor. Ainda assim, acreditei eu que a amei por muitos anos, mas no fim, crescemos, ela teve uma filha com outra pessoa e eu fiquei sozinho.

   Depois, me apaixonei por uma menina de franja loira, ela parecia completar muitas das minhas expectativas, mas no fim, ela nem sabia quem eu realmente era para ela. E depois de uma situação frustrante, ela seguiu sua vida, teve um filho e está vivendo.

   Quando penso que não, me apaixonei pela minha primeira namorada, ela era linda, tudo nela me chamava atenção, me prendia. Mas meu coração dúbio, me roubou, me levou por caminhos por onde não deveria ir, ela cansou e se casou.

   Alguns anos depois, na busca pelo amor, achei ter me apaixonado por linda morena, mas nem água no tororó eu encontrei. Depois de um tempo, e nem por desavenças, deixei ela livre para partir, não havia porque segurar alguém em minhas expectativas.

   Seguido isso, amores que não eram amores, eram poses, eram carências, era o desejo que me tornasse objeto que eu não era. E das duas seguintes carrego a tristeza de não corresponder as suas expectativas. Acabou de forma amarga.

   E foram encontros e desencontros, beijos trocados, mentiras contadas e apenas o desejo da satisfação, o desejo pelo desejo e mesmo que sem envolvimento, levaram algo de mim. Até que construí com alguém uma ponte, mas a inveja nos cobriu com um muro e eu perdido do outro lado, fui em busca de satisfazer minha frustração de ter perdido algo importante.

  E me vi envolvido com quem já tinha feitos juras de um amor que não era amor. Foram muitos sorrisos e sonhos compartilhados, mas era sem gosto, era sem sal. E na vontade de colocar algo diferente em meio a tudo isso, quase perdi minha vida.

   Eu me apaixonei pela menina que tinha uma bela voz e por outra que me prometia aventuras. E não encontrei nem paz e nem sossego em nenhuma das duas. E me entreguei a quem estava igual a mim em fase de reconstrução. Bom, as obras estão em progresso, o relacionamento não.

   E sempre fui escravo assim, condicionado, marionete do meu próprio coração, que busca, se embriaga, vive de ressaca e não se sacia. Marionete do que sou, de quem sou. Quem eu sou?

   E me apaixonei pelo sorriso, pela beleza, pelo olhar, pelo abraço. Como quem junta tudo o que há de quebrado em mim e reconstrói, como se soubesse em qual lugar cada pedaço solto dentro de mim pertence. Como se eu pudesse juntar tudo em minhas mãos e me dar uma chance de novo. Mas eu continuo buscando, meu destino em meio ao brilho desses dias fugazes. Alguém pode me devolver a mim?

   Pois de você, apenas carrego poesias...

#DiárioDaCidadeCinza



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