quarta-feira, 23 de março de 2016
São Paulo, 23 de Março de 2016
São Paulo, 23 de Março de 2016
A chuva cai na cidade, tornando assim visível o apelido de terra da garoa. Garoa, chuva, deságua, transforma meu coração em águas, enquanto as pessoas passam de forma rápida ao meu redor, meu coração contrastante com a cidade, denuncia porque meus passos são lentos.
E em cada janela de um apartamento, entre luzes acessas e apagadas, se escondem histórias, transcrevem memórias. Pessoas que vivem, choram, sofrem, sorriem. Apenas vivem. Como cada um de nós, heróis para uns, vilões para outros.
Enquanto a chuva caí e o trânsito se forma, pessoas que passam na sua pressa de sempre, com seus guarda-chuvas pretos, rosas, coloridos. Guardando-nos da chuva. Corações se dividem uns com os outros para multiplicar doces sensações. Conforto, amor. Tristezas são postas a mesa, é como se estivéssemos em um divã, trocamos nossos traços, dividindo copos gelados com cerveja.
Amores, amantes, noivos, casais, namorados. Cada um roda, cada um samba, cada um dança. Alguns começam enquanto outros terminam. Alguns se reconstroem enquanto outros se destroem. E meu coração ainda dança com a chuva que caí, como se de alguma forma, igual ela une céus e terra, eu pudesse aprender de que forma poderia me unir a você.
O celular vibra, o coração se aperta, como se de alguma forma desejasse que fosse acontecer. De modo discreto, retiro ele do bolso. Sorriso trocado, ele se forma quando vejo que é você.
#DiárioDaCidadeCinza
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