sábado, 30 de janeiro de 2016

Ela está em algum lugar lá fora...


   Não quero mudar muito o jeito de escrever, mas ultimamente as palavras se tornaram tantas que fazer apenas um diário com coisas do dia a dia, e que muitas vezes só aconteceram dentro da minha cabeça, não ajuda a conter.

  Então, vai preparar um chá, deixe ele esfriar, coloque aquela música legal, mas aquela romântica, nada de músicas tristes. E volte para cá, que o texto não vai fugir de você.

  Sabe aquela pessoa que você tanto espera, provavelmente o sorriso que é seu, está sendo sorrido para outros, não que ele (a) saiba que esse sorriso é seu, mas muitas vezes, buscamos em outros a paz que não achamos em nós.

  E não é porque ele (a) não te ama, ou não queira nada contigo. Mas muitas vezes ele (a) precise apenas concertar tantas coisas quebradas dentro dele (a). Muitas vezes nós mesmo precisamos ter algo a concertar dentro de nós mesmos. E como podemos nos dar a alguém sem nem ao menos nós estamos completos? Sem muitas vezes nem mesmo nós nos pertencemos?

  Você as vezes sai demais e muitas outras você prefere ficar em casa, tudo isso faz parte do processo da vida. Não é errado querer ser curado ou ficar sozinho. Mas cobrar as pessoas por algo que você mesmo precisa cuidar, não resolve muito bem as coisas.

  Ele (a), precisa apenas de espaço, de um momento, precisa apenas se descobrir, apenas te descobrir. Descobrir que naquela foto em que vocês sorriem juntos, os seus sorrisos combinam. Descobri que as mensagens que vocês trocaram até tarde da noite, não foram apenas mensagens de amigos que se conhecem faz algum tempo.

  Mas essa pessoa pode ficar com outra, ela pode namorar com outra, ela pode simplesmente casar com outra e de alguma forma nunca ser sua. Mas você vai ser seu novamente, se pertencer novamente e poder entregar a mais alguém aquilo que só te pertence, você mesmo.

  Nunca deixe de acreditar no amor, ele pode te encontrar em qualquer momento.

#DiárioDaCidadeCinza

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

São Paulo, 29 de Janeiro de 2016



  São Paulo, 29 de Janeiro de 2016

   Por mais que a gente tente dirigir devagar pelas ruas de nossas vidas, sempre existem os inconsequentes. Pessoas que vivem suas vidas de forma tão desenfrenada que não se importam realmente com o bem e a segurança de outra pessoa.

   E não adianta tentar negar, somos todos flores que nascem e vivem dentro do caos, tentando provar que a vida é uma eterna vontade de vencer as incertezas que vivemos. Em um universo tão vasto, que nos esconde coisas aos olhos, mas ainda assim, continuamos viver cada dia mais.

   Quem saiba somos prisioneiros dentro de uma caixa, vivendo apenas por viver. Não dá para aceitar isso, existem sentimentos demais, vida demais, sorrisos e lágrimas demais. Somos protagonistas de nossas histórias, mas as outras pessoas que ali vivem, não são apenas figurantes, pessoas colocadas ao nosso redor para preencher um vazio existencial.

   Eu sorri de forma desconcertante para pessoas que não sabiam sorrir mais. Eternos concertos e desconcertos, passos lentos misturados com batidas lentas. Nem todos os corações vivem na mesma velocidade e eu estou apenas tentando aprender a conviver na velocidade de um mundo em que você não se encontra mais.

   Sabe, nem sempre ser forte foi minha melhor qualidade.

 #DiárioDaCidadeCinza


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

São Paulo, 27 de Janeiro de 2016


  São Paulo, 27 de Janeiro de 2016

   Sabe, não pude deixar de lembrar de você ao olhar a lua que faz nessa madrugada em Sampa. Me lembro do quanto ela é especial para você e se torna tão especial para mim. E se essa noite ela não quiser me dizer adeus, eu não vou dizer adeus a você. Pois da mesma forma que o sol brilha sobre ela, para assim brilhar sobre nós. Ela parece com você, da forma que seu amor brilha sobre mim e eu brilho ele sobre os outros.

   Você está tão distante das minhas mãos, mas tão perto, do lado do meu coração, como se eu pudesse fechar os olhos, estender minhas mãos e te tocar. Fechar os olhos e inspirar o mais fundo que posso, e dessa forma sentir o mesmo ar, respirar o seu perfume. Não são apenas sonhos jogados por ai, são lembranças que marcaram dentro de mim.

   Lembro da primeira vez que eu te vi, foi como se a luz que brilhava ao redor de ti, iluminava algo dentro de mim. Nunca te contei isso? Não me lembro bem, é que as vezes não sei traduzir em palavras o que meu coração guarda como um álbum de recordação. Seu sorriso lindo, sua voz, o jeito que olha para o lado. Ou simplesmente a forma que arruma seu cabelo. Tudo é tão encantador em você, que se torna encantador em mim.

   Continua sendo meu sol, dessa forma como lua, posso brilhar por ai. E de uma forma ou de outra, sempre vou te ver por aqui.

#DiarioDaCidadeCinza

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

São Paulo, 25 de Janeiro de 2016


 São Paulo, 25 de Janeiro de 2016


   Hoje eu te vi andando pela cidade, o mesmo sorriso doce e desconcertante. Sou apenas mais um rapaz andando na calçada. A cidade comemora mais um aniversário nesse dia de hoje e eu só consigo lembrar do seu sorriso.

   São carros andando de um lado para outro, pessoas apressadas, olhos inclinados ao mundo digital. Mas as vitrines continuam com roupas a mostra. Eu simplesmente caminhei e sorri, você continua aqui.

   Guardei um foto sua dentro da minha mente, de uma forma que o tempo não me rouba a sua imagem quando ele passar por aqui. Há tantas coisas que eu não disse, e tantas outras que eu realmente queria te dizer. Mas quando será que poderei?

   Quanto tempo mais? Não esperei ainda todo o tempo do mundo para ter alguém igual a você do meu lado, deitando no meu peito, sonhando acordada ao meu lado. Eu quero sair do meio desse caos instalado dentro de mim. Quero viver, respirar, sorrir e conquistar.

   E me aproximo um pouco mais, cada vez mais, seu sorriso vai derrubando tijolo por tijolo e eu simplesmente, refém da sua imagem contornada dentro de minha lembrança, deixo tudo isso rolar, como se não houvesse mais nada a acrescentar.

  Há se eu soubesse colocar em palavras aquelas sensações que somente meu corpo conhece. Mas eu vou deixar acontecer...

   São linhas invisíveis que nos conectam.


#DiárioDaCidadeCinza

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

São Paulo, 18 de Janeiro de 2016



  São Paulo, 18 de Janeiro de 2016


   Sempre me disseram que é bobeira eu me apaixonar.


    Vamos ver se eu consigo decifrar quais os motivos: "Ele(a) não corresponde, nos decepcionamos, nos entregamos demais". É de um forma tão negativa a forma que vemos o preço de nosso apreço por alguém. Brigas, discussões, ciúmes, descontroles e tantas outras coisas. Mas como vamos conquistar montanhas se temos medo de escalar elas?

    Se torna algo tão interessante, nada ilusório, a dedicação que damos as pessoas. "Não se apega não". Ah, isso se torna tão chato nos dias de hoje. Por isso, talvez, eu tenha me tornado como sou, escrevendo de coisas que pouco sei, mas que muito sinto.

    Quem já pagou 40 reais em um urso de pelúcia e ficou o resto do mês sem dinheiro, sabe o quanto aquele sorriso pagou toda a dívida. Ou fez aquela surpresa boa, cozinhou, pegou na coxa da pessoa amada, deitou em seu colo ou no seu peito. Quem já chorou em silêncio sabendo que aqueles ombros entendiam toda a dor que só nossas lágrimas sabiam traduzir.

    Quem já viajou por horas ou participou da festa daquela tia chata, que você mais queria surrar, mas chegou com um sorriso meio amarelo no rosto, apenas para agradar. Quem já acordou com a outra pessoa do seu lado, e viu seu rosto sem maquiagem, quem já provou dar risadas, ou caminhas por um lugar, apenas por andar e ter a companhia do outro próxima.

    Hoje vou ver as luzes da cidade e São Paulo continua da forma como me lembro quando era criança; Céu nublado e cinza, a brisa fria e a sensação de sereno, como se a garoa nunca tivesse realmente saído daqui. Em alguma esquina, na frente de alguma estação de metro, uma pessoa espera com um sorriso.

    É como o trecho daquela música que sempre me lembra algo especial "E a linda imagem do seu rosto, docemente pintado em minhas memórias". Hoje eu deixei a maldita porta do meu coração entre aberta. Deixa eu tomar minha dose de realidade de volta. Não estamos sozinhos.

    #DiárioDaCidadeCinza


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Caraguatatuba, 15, de Janeiro de 2016








  Caraguatatuba, 15 de Janeiro de 2016

   Desculpem os erros gramaticais. Estou viajando de volta para São Paulo e não tenho nem internet decente e muito menos um corretor que me ajude. Logo o pouco de paciência que ainda sobra aqui, vai embora, mas ainda assim vou escrever um pouco.

   Encher os pulmões com o ar e ter o sal do mar em minha pele. Você estava ali, diante de mim. Talvez os sons que o mar emitia, me distraía, como se estivesse distante de você. E nem pude reparar o que estava fazendo.

   Faz muito tempo que estou assim, procurando por aqueles momentos dentro de mim, que se tornaram cada dia mais, motivos para que pudesse viver. Lembranças, memórias guardadas de um sonho bom que eu mesmo nem lembro se sonhei ou se inventei.

   Com a brisa do mar a tocar sua pele. E por mais que pareça difícil, eu continuo atrás de você. Será que meus olhos podem  ver o que você está vendo? E meu coração se sentir confuso como o seu? Mil e uma vezes. Minha mente prega peças.

   E você continua ali, a beira mar.  Que amar? Sua silhueta denúncia quão longe estão meus pensamentos. Eu estou aqui, refém do meu desejo por você. Você está, a margem do meu pensamento. Você não está aqui...

   Amor? Amar? Há mar?


#DiárioDaCidadeCinza

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

São Paulo, 11 de Janeiro de 2016



São Paulo, 11 de Setembro de 2016


 Bom, são três horas da madrugada e mesmo relutando eu vou escrever. Talvez seja a melhor forma de me livrar um pouco de mim, e quando digo isso, falo da dor que eu carrego a algum tempo, mas vamos lá, isso não tem nada haver com o que eu quero dizer hoje.

  Quando eu te conheci, passava por um momento muito difícil, claro que minha vida é um amontoado de momentos assim, mas mesmo assim, eu quis de alguma forma mudar um pouco tudo o que eu sentia naquela época. E guardo doce memórias de muitas coisas.

  Sem metaforizar as coisas, vou ser bem sincero, aquele dia eu estava muito machucado, como nunca eu teria ficado. Foram tantas situações humilhantes que se passaram juntas e eu não sabia esconder todo sofrimento e desespero que passava aquele dia. Foi quando eu te vi, e foi simples, eu não queria parar de te olhar, mesmo brigando muito comigo mesmo e evitando que nossos olhares se cruzassem. Claro que falhei miseravelmente.

  Eu sempre me apaixonei por olhos castanhos, não seria diferente não me apaixonar pelos seus. Mas seu sorriso, ele conseguiu mudar muitas coisas aquele dia. E depois de tudo o que aconteceu, e de um papo bem estranho, nos despedimos, eu apenas não queria tocar em frente minha dor.

  Mas eu não conseguia parar de pensar em você. Depois de algum tempo nos encontramos de novo e novamente seu sorriso me pegou desprevenido. Já estava melhor, mas ainda assim, esses olhos e esse sorriso me roubaram de mim. Não que tenhamos jogado fora o papo, mas parecia que queríamos apenas conversar mais um pouco aquele dia, não deixar que aquela pessoa maravilhosa diante de nós fosse embora.

  Bom, acho que já notou que tenho um fraco pelo seu sorriso, mas tudo bem. Agora preciso falar um pouco de mim. Eu sou bem inseguro sabia? Não sei como me enxergar, mas não me vejo tão bem. As vezes eu tenho apenas o desejo de te dar o mundo, nem que seja meu mundo. Te fazer rainha no meu castelo de pensamentos e sentimentos. Mas ainda assim, não sei se isso te faria feliz. Eu reluto comigo muitas vezes para te chamar para sair. O que será que você sentiria e pensaria com isso?

  "Apenas arrisque, você pode se surpreender e até mesmo me surpreender". Eu sei, eu sei, mas dentro de mim isso não é tão fácil assim. Sabe, eu também gostaria de ser surpreendido. De ter um beijo roubado. Gostaria apenas de sentar e sentir que você deitou sobre mim para descansar. Me tornar seu porto seguro sabe. Mas queria sentir isso também. É um conflito interno, entre o que fazer, sentir e imaginar.

  Eu fantasio muito, imagino muito e escrevo sobre isso. E dentro das paredes dessa cidade cinza, entre as flores que crescem nos asfalto e não são vistas, das cores coloridas das placas escondidas, do café, dos olhares que se cruzam e não se encontram. Eu disfarço meus sentimentos. Meus medos, minhas frustrações, minhas incertezas, meu amores que nunca serão conhecidos, meus beijos que nunca serão trocados. Esse diário é isso para mim, uma fuga, um catado de tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que sinto. E jogo na internet como se jogasse confetes ao vento.

  Eu sei que esse texto pode chegar a você e se eu tivesse um pingo de decência, eu nem usaria palavras escondidas em um lugar desconhecido. E diria o que sinto, o que penso. Mas me sinto tão chato, me sinto tão fraco. Sinto, mas sinto porque é verdade, que existem tantos homens, tantos caras legais, tantos caras que eu não sou um terço do que eles são. Que de maneiras diferentes, te fariam mais feliz do que um dia eu poderia fazer.

  Amores não confessos, corações desconexos. Bom, esse é o fim, acho que não tenho mais o que falar aqui dentro dessas linhas. Vou continuar assim, provável que eu mude e de alguma forma que te diga o que se passa nessa cabeça. Mas já são três e vinte e quatro da manhã. Acho que chegou a hora de eu fechar a porta do meu coração por enquanto.

  Posso não estar apaixonado por você sabe, pode ser apenas um desejo e devaneio meu. Tenho uma imaginação muito fértil. Mas essa é grande parte da janela do meu coração.


#DiárioDaCidadeCinza

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

São Paulo, 04 de Janeiro de 2016


 São Paulo, 04 de Janeiro de 2016


  Te olhei dali, do alto do meu apartamento, consigo te ver em cima do seu condomínio, você como sempre, me viu te espiar e sorriu de novo. Sabe quantas vezes eu senti saudades suas no meu travesseio? Tantas quantas minha mente pode imaginar. E quantas vezes sonhei com o seu perfume sem ao menos saber qual sabor ele tem?

  Entre as paredes de dos prédios, o cinza da cidade é tomado pelo tom rosa do seu batom, ou o tom escarlate que cresce e tenta sair de dentro do meu peito? Quantas cores podem preencher o cinza? Não sei, mas nem sempre a vida é preto no branco.E diante de mim, distante de mim, ao meu alcance, mas sem alguma chance de verdade.

  O televisor atrás de mim repete as mesmas noticias tristes de sempre, e o velho rádio apenas tocando algo tão baixo, que só meus ouvidos conseguem ouvir. As cortinas tentam me roubar o doce momento de te ver e a xícara com café quente em minhas mãos me impedem de tocar meu velho violão e compor aquela linda melodia que te fiz.

  Esconda-me em teu sorriso, que te transformo na menina dos meus olhos... Droga, não fechei a porta do meu coração de novo.

#DiárioDaCidadeCinza

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

São Paulo, 01 de Janeiro de 2016



 São Paulo, 01 de Janeiro de 2016


  Eu bati a porta, mas você não quis abrir. Virou mais um ano e eu ainda não descobri como entrar e viver de verdade na vida de ninguém. Apenas repetindo erros, e de alguma forma, vivendo o futuro da mesma forma que fiz no passado.

  Eu me tornei rei de nada, como um palácio emprestado, com súditos sem pensamentos próprios. Rei em terra de ninguém. Você nunca soube adivinhar o que eu senti naquele momento que você foi embora e depois de tantas vezes que te segurei pedindo para não ir, dessa vez mesmo com o coração em mão, não pude resistir.

  Não existem perspectivas para um ano novo, somos e fazemos, não mais é e nem pode por nós, que sejamos autônomos em nossas vidas e não autômatos. Que nossas escolhas sejam nossas, que eu seja meu e você seja sua. E que se nesse ano que entra eu me tornar completo de novo, que na próxima porta alguém vai me responder, que se sejam longos meus dias, que eu encontre com você.

#DiárioDaCidadeCinza