segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

São Paulo, 04 de Janeiro de 2016


 São Paulo, 04 de Janeiro de 2016


  Te olhei dali, do alto do meu apartamento, consigo te ver em cima do seu condomínio, você como sempre, me viu te espiar e sorriu de novo. Sabe quantas vezes eu senti saudades suas no meu travesseio? Tantas quantas minha mente pode imaginar. E quantas vezes sonhei com o seu perfume sem ao menos saber qual sabor ele tem?

  Entre as paredes de dos prédios, o cinza da cidade é tomado pelo tom rosa do seu batom, ou o tom escarlate que cresce e tenta sair de dentro do meu peito? Quantas cores podem preencher o cinza? Não sei, mas nem sempre a vida é preto no branco.E diante de mim, distante de mim, ao meu alcance, mas sem alguma chance de verdade.

  O televisor atrás de mim repete as mesmas noticias tristes de sempre, e o velho rádio apenas tocando algo tão baixo, que só meus ouvidos conseguem ouvir. As cortinas tentam me roubar o doce momento de te ver e a xícara com café quente em minhas mãos me impedem de tocar meu velho violão e compor aquela linda melodia que te fiz.

  Esconda-me em teu sorriso, que te transformo na menina dos meus olhos... Droga, não fechei a porta do meu coração de novo.

#DiárioDaCidadeCinza

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