São Paulo, 01 de Janeiro de 2016
Eu bati a porta, mas você não quis abrir. Virou mais um ano e eu ainda não descobri como entrar e viver de verdade na vida de ninguém. Apenas repetindo erros, e de alguma forma, vivendo o futuro da mesma forma que fiz no passado.
Eu me tornei rei de nada, como um palácio emprestado, com súditos sem pensamentos próprios. Rei em terra de ninguém. Você nunca soube adivinhar o que eu senti naquele momento que você foi embora e depois de tantas vezes que te segurei pedindo para não ir, dessa vez mesmo com o coração em mão, não pude resistir.
Não existem perspectivas para um ano novo, somos e fazemos, não mais é e nem pode por nós, que sejamos autônomos em nossas vidas e não autômatos. Que nossas escolhas sejam nossas, que eu seja meu e você seja sua. E que se nesse ano que entra eu me tornar completo de novo, que na próxima porta alguém vai me responder, que se sejam longos meus dias, que eu encontre com você.
#DiárioDaCidadeCinza
Excelente!
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